eu te diria que não veja. que não faça. que não pense. que não compre. que não receba.
te diria que não gaste um segundo do teu ser com o que te deixam de dar.
que não perca nenhum do teu tempo, dos teus neurônios, da tua energia com a falta de ninguém.
que os que não te alcançam, simplesmente não te alcancem.
que nada deles chegue em ti.
que se não é possível se libertar de formalidades, que só a tua casca vazia lhes seja apresentada: num gesto maquinal de cortesia, respectivo à extensão deles à ti.
eu te diria que sempre que você se deixar cair no amor, você o faça porque o amor é você.
e que não se sinta mal por isso: porque é o que você é, é o que você dá, é o que você tem.
e que a desigualdade de tudo não te amargure: porque você está aqui para saber aonde se colocar e aonde se retirar; aonde se extender e aonde se recolher; aonde se espalhar e aonde se peneirar.
eu te diria que você vem aprendendo a se economizar e que quando a gente aprende a se poupar, a gente se sobra para si.
15/11/2018
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