Oi, tudo bem? Este diálogo acontece dentro de mim mesma, viu? Não, não vou te ligar. Não vou te escrever. Você não entenderia. É coisa demais que eu sinto. Credo. Nem eu entendo. E aí? Calor, né? Tá calor demais esses dias. E é um enfado. Um enfado de vida, meu deus! Sei nem como vou sobreviver isso de ser eu mesma! Não há férias, né? A gente se roda e se volta e se perde: e é tudo dentro de nós. Caralho. Que não há salvação não. Há que se acostumar com essa relação porque a bicha é brava demais. É intensa e não tem isso de dar um tempo para poder pensar. Não tem. É tudo aqui no fluxo e na marra. Uma hora se gostando, outra hora se achando a mais inadequada das criaturas! Como é que a gente aprende a existir, meu deus? Aprende não. Porque quando a gente acha que sabe, a vida vira um desaprendizado só e tudo que se tinha aprendido já não vale mais para o que tá rolando agora. Eita. Já nem sei. Mas por isso, sabe? Vou te ligar não. Porque nem eu me ligaria agora. Credo. É tanta confusão! Deixa eu me organizar. Deixa eu morrer e sobreviver (acho) mil vezes aqui. Que quem sabe em algum momento eu ache que esse caminho turvo me leva mesmo para algum lugar. Já pensou? Tudo bonitinho, organizadinho, cheirando a roupinha lavada e banho recém tomado? A vida é tão besta, né? A gente só quer mesmo é paz.
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