quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Ouvindo Chico Buarque

É que não há tempo, minha bonita. Se houvesse minhas mãos subiriam nas tuas coxas e afastariam a tua calcinha e eu te sentiria inteira. Me poria de joelhos para te lamber melhor. E percorreria a minha língua a descobrir teus poros e a molhar teus pelos e a te deixar em mim. Minha língua se faria navegante de ti e o teu cheiro me invadiria inteira. Não tenho tempo para o pornográfico, bonita. Mas isso é literatura, entende. Então aqui a gente pode se perder. O bico do teu seio na minha boca, claro. Minha língua em movimentos repetidos para que o teu mamilo se perpetue em mim. E meus dedos já molhados de ti. Minha perna já estaria entre as tuas e eu sussurraria "minha putinha" na tua orelha porque é assim que te quero: putanicamente minha. Literatura, bonita. Apenas literatura. É que a gente escreve com as mãos, entende? Meus dedos estariam pegajosos de ti e suadas, claro, porque somos urgentes e isso é frenético. Sinto teu gosto daqui.

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