Já não sou, meu bem, aquela que baixava a cabeça. Já não preciso da aprovação daqueles que não entendem de mim. Já caminhei, queridos, nas feridas do meu próprio peito. Já percorri os caminhos de minhas lágrimas e já entendi meu próprio idioma. Já hastiei a bandeira de mim em toda a minha extensão. Não pensem que é por pouca coisa que meus pés escorregarão. Os teus silêncios já não me atingem. As tuas palavras já não me atravessam. As tuas agressões já resvalam do meu peito. Protegida estou de tudo o que tenciona me diminuar porque já crescida estou de mim mesma. Sou meu próprio escudo e já estudo bem minhas certezas e incertezas. Já dei a volta em mim mesma. Já me banhei de minhas próprias lágrimas e me raspei do chão várias vezes. Há hoje em mim a resiliência daquelas que convenceram a si mesmas de continuarem seguindo. Já não sou, meu bem, vestida de fatalidades. Sofrimento que hoje me alcance é coisa sabida de passar. Do tempo, já sei as horas.
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