quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Olha, moça

Mas olha, moça, que minha mão tem sede de ti. Mas parece que quando chego perto, quando ouso te escrever ou interagir, as palavras me somem! Parece que eu esqueço como se é gente perto de ti. Já não sei que língua falo, já não sei como se existe, já não sei como se comporta como pessoa. Essas máquinas que leem mente já foram inventadas? Por Deus preciso de uma delas! Se você soubesse o quanto ocupa de mim! Se entrasse em meu peito saberia que o teu nome ecoa em minhas paredes, que teu beijo já existe em meus sonhos, que os nossos lençóis já se bagunçaram por inteiro. É coisa assim: que tu é mapa, eu acho. Eu acho que preciso me achar em ti. Te percorrer inteira. Aprender teu idioma. Saber teus caminhos. Há algo em ti que me chama. Sigo cá te acumulando em mim. O plano é que um dia eu esteja tão preenchida de ti que eu vire coragem de te chamar para sair.

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